El tema de la semana. Otra vez Brasil.
Hoy tengo un solo tema para toda la semana. A mí me trae muchas evocaciones, y perdonen el egoísmo, me la llenará, con seguridad.
Es del para mí uno de los más grandes poetas cantaautores de Brasil, que parte del momento, de la circunstancia, para llegar a lo universal. En lugar de casi todos los poetas que hacen música y cantan al amor en general, Chico canta a ese amor en especial, y desde ese sentir particular nos hace llegar a lo universal.
A sinaleira, ese breve poema de los dos ex enamorados que se encuentran detenidos en el semáforo y a través de un breve diálogo recuerdan todo lo que fue, y que termina con la promesa, que no se cumplirá, de volverse a encontrar...
En esta, él también la recuerda en su momento glorioso: cuando ella era favorita y el mestre-sala, momentos cúspides soñados por cualquier integrante de una escola. Y ahora, quem te viu, quem te vê... Ella llegó, y él sigue en la misma.
Toda una historia nostálgica del carnaval, y de todo lo que significa para la gente humilde que muere por integrar, de cualquier forma que sea, una Escola. Los que quedan en el camino y los que llegan: Eu não sei bem com certeza por que foi que um belo dia, quem brincava de princesa acostumou na fantasia.
Para Crab, la canción tiene un significado especial: la cantaba hace unos años junto con su hija Elisa. En especial esa parte que nos hace un nudo en la garganta por favor não dê na vista: bate palmas con vontade, faz de conta que é turista.
Para quienes quieran cantarla junto con Chico, acá va la letra completa. Poesía pura. Que Crab, que tiene algunas aptitudes menos por cierto la de poeta y que apenas puede con la prosa, no se anima a traducir.
Quem te viu, quem te vê
Você era a mais bonita das cabrochas dessa ala
Você era a favorita onde eu era mestre-sala
Hoje a gente nem se fala, mas a festa continua
Suas noites são de gala, nosso samba ainda é na rua
Hoje o samba saiu procurando você
Quem te viu, quem te vê
Quem não a conhece não pode mais ver pra crer
Quem jamais esquece não pode reconhecer
Quando o samba começava, você era a mais brilhante
E se a gente se cansava, você só seguia adiante
Hoje a gente anda distante do calor do seu gingado
Você só dá chá dançante onde eu não sou convidado
Hoje o samba saiu procurando você
Quem te viu, quem te vê
Quem não a conhece não pode mais ver pra crer
Quem jamais esquece não pode reconhecer
O meu samba se marcava na cadência dos seus passos
O meu sono se embalava no carinho dos seus braços
Hoje de teimoso eu passo bem em frente ao seu portão
Pra lembrar que sobra espaço no barraco e no cordão
Hoje o samba saiu procurando você
Quem te viu, quem te vê
Quem não a conhece não pode mais ver pra crer
Quem jamais esquece não pode reconhecer
Todo ano eu lhe fazia uma cabrocha de alta classe
De dourado eu lhe vestia pra que o povo admirasse
Eu não sei bem com certeza por que foi que um belo dia
Quem brincava de princesa acostumou na fantasia
Hoje o samba saiu procurando você
Quem te viu, quem te vê
Quem não a conhece não pode mais ver pra crer
Quem jamais esquece não pode reconhecer
Hoje eu vou sambar na pista, você vai de galeria
Quero que você assista na mais fina companhia
Se você sentir saudade, por favor não dê na vista
Bate palmas com vontade, faz de conta que é turista
Hoje o samba saiu procurando você
Quem te viu, quem te vê
Quem não a conhece não pode mais ver pra crer
Quem jamais esquece não pode reconhecer
Etiquetas: Un cacho de cultura.
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